A varíola dos macacos, também conhecida como mpox, é uma zoonose causada pelo vírus monkeypox, do gênero Orthopoxvirus e da família Poxviridae.
A doença, originalmente detectada em macacos, afetou pela primeira vez humanos na República Democrática do Congo, em 1970. Essa infecção viral é endêmica em algumas regiões da África Central e Ocidental.
Causas e transmissão
A infecção é causada pelo vírus da varíola dos macacos – o vírus monkeypox. A transmissão ocorre de animais para seres humanos através de mordidas, arranhões ou consumo de carne. Entre os humanos, o vírus se propaga por contato próximo a fluidos corporais, lesões na pele ou gotículas respiratórias.
Além disso, outros fatores que podem levar à infecção são animais silvestres em áreas endêmicas e a exposição em ambientes onde o vírus está presente.
O período de incubação é de 2 a 5 dias
O aparecimento dos sintomas pode levar, em média, de 2 a 5 dias. Nesse período, o vírus se propaga na corrente sanguínea e afeta o baço, as amígdalas e outros órgãos. O sistema linfático também é prejudicado, comprometendo as glândulas do corpo que previnem e combatem infecções (os linfonodos).
Órgãos alvos: pele, fígado, córnea, cérebro e sistema digestivo
De modo geral, os sintomas iniciais da varíola dos macacos incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e fadiga. Após alguns dias, aparecem lesões que evoluem para a pele e outras partes do corpo, como a córnea, onde cicatrizes podem surgir em decorrência da infecção nos olhos ou do contato com lesões infecciosas.
Tratamento
Até então, não existe um tratamento específico para a varíola dos macacos. Alguns analgésicos (para interrupção da dor) e antipiréticos (para controle da febre) podem ser receitados pelo médico. Em casos mais graves da doença, medicamentos antivirais, como o tecovirimat, podem ser prescritos pelo profissional. É importante que os pacientes permaneçam isolados, sem qualquer contato físico com outras pessoas.
No Brasil
De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2022 e 2024, o Brasil registrou 12 mil casos e 366 prováveis da doença. Até o momento, 16 pessoas foram vítimas fatais, sendo a última em abril de 2023.
Prevenção
Apesar de não existir um tratamento específico, alguns cuidados devem ser tomados para prevenir a propagação da monkeypox, como evitar o contato com animais em áreas endêmicas e manter medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com frequência e desinfectar superfícies. Além disso, pessoas com sintomas da doença devem procurar atendimento médico imediato.
Desde 2022, após a primeira emergência global, a União Europeia, os Estados Unidos e o Canadá e outros países aprovaram o uso da vacina MVA-BN para conter a propagação da doença.
Após ser decretada como emergência global pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a varíola dos macacos continua sendo uma preocupação de saúde pública, e o conhecimento contínuo sobre a doença e suas formas de prevenção é essencial para proteger e prevenir a propagação da mesma.