Alta do dólar pode trazer inflação e pressionar alta nos preços no segundo semestre de 2024

Com a valorização desenfreada do dólar, o segundo semestre deste ano pode ter, inevitavelmente, aumento de preços nos supermercados
Alimentos em Alta
Alta do dólar podem trazer alta nos preços e provocar inflação no segundo semestre de 2024. Reprodução/Banco de imagens - Pexel

O impacto causado pela alta do dólar neste ano vai pressionar a inflação, o que vai ocasionar nas famílias uma baixa no consumo em suas casas, é o que falam especialistas. A tendência é que a soma de três pontos específicos possa pesar e que a alta de preços no segundo semestre seja inevitável.

Segundo o “g1”, o dólar desvalorizou o real em 14,75% este ano, piora na safra agrícola deste ano comparada com 2023 e as tragédias das enchentes no Rio Grande do Sul.

Explicar o que está acontecendo com a valorização do dólar se faz necessário neste primeiro momento, pois os fatores que justificam a alta refletem tanto em fatores dentro do país como fora dele. Há alguns fatores em questão, que podem ser enumerados e isso tem início no final de maio, quando a moeda americana acumulou um patamar de 6% em relação ao real.

Controlar as contas públicas é uma grande preocupação dos analistas e isso vem logo no começo do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A maior questão neste sentido,é quanto a equipe econômica pode ter total poder com os cofres do governo.


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O consumo das famílias sofrerá impacto significativo no segundo semestre deste ano, devido ao aumento do dólar. (Foto: reprodução/Banco de imagens)

Dados divulgados pelo Banco Central apresentaram um déficit primário de R$ 63,9 bilhões

No segundo resultado para o mês de maio, este foi o pior da história. Dados que foram divulgados pelo BC mostram que as contas do setor público tiveram um déficit primário na casa de 63,9 bilhões, o que demonstra que as receitas com os impostos ficaram abaixo das despesas, não considerando os juros da dívida pública.

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Depois que medidas que foram implementadas pelo governo para entrar em equilíbrio nas contas, a arrecadação até obteve uma alta no começo do ano, mas a crise voltou e o acumulado dos cinco primeiros meses acarretou um déficit d R$ 2,6 bilhões, ou 0,06% do PIB que, em contrapartida, no mesmo período do ano de 2023, o resultado foi positivo em R$ 28,5 bilhões, 0,65 do PIB.

A tentativa de se encontrar uma brecha no orçamento para um corte de gastos obrigou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a correr contra a maré, pois a preocupação crescente com as contas públicas está colocando em polvorosa o mercado financeiro.

Quarta-feira, 03/07, Lula afirmou que “responsabilidade fiscal é compromisso”, e ele ainda ressalta que o governo “não joga dinheiro fora”. Mesmo dando este recado, acabou não convencendo, pois em momentos anteriores, ele falou que existe a necessidade de avaliar “se a saída é o corte de gastos ou um aumento na arrecadação”.

Também um grande incômodo que está tendo grande repercussão na mídia e no mercado, são as constantes críticas do presidente Lula em relação ao BC. O patamar de juros do país e a condução monetária conduzida por Roberto Campos Neto, que se tornou um discurso diário de Lula, estão trazendo grande preocupação para o mercado financeiro em quem vai ter o poder de comando na nova gestão do Banco Central.

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Com a saída de Roberto Campos Neto, o governo pode respirar?

O mandato de Campos se encerra no final de 2024 e o governo indicará um novo nome. Investidores estão temerosos, pois uma nova diretoria que opte por uma condução muito livre com interferências políticas podem levar estes gestores a trabalhar com juros menores na economia, e com isto, uma alta inflacionária.

Muitos investidores estão apostando na alta do dólar para proteger sua carteira de investimentos, forçando a valorização da moeda e reduzindo o poder do real.

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