O bitcoin atingiu um marco histórico ao ultrapassar a barreira dos US$ 100 mil pela primeira vez, alimentando a euforia no mercado financeiro. Nesta quinta-feira (5), a criptomoeda foi cotada a US$ 101.213, acumulando uma alta de 145% no ano e alcançando uma capitalização de mercado superior a US$ 2 trilhões. Mas a pergunta que ecoa entre investidores e analistas é: o preço continuará subindo?
Com perspectivas de atingir novos patamares, especialistas avaliam os fatores que podem sustentar ou frear essa trajetória ascendente nos próximos meses e anos.
Projeções otimistas e desafios à frente
Segundo Fernando Pereira, analista da Bitget, o mercado está de olho em dois novos níveis de resistência para o bitcoin: US$ 150 mil e US$ 200 mil, metas que podem ser alcançadas até 2025, dependendo do desempenho do mercado e das condições econômicas globais.
“A reação atual sugere espaço para crescimento, mas é importante lembrar que a volatilidade do mercado cripto exige cautela. Correções de preço podem ocorrer a qualquer momento”, afirma Pereira. Ele também destaca que a dominância do bitcoin pode ofuscar momentaneamente as altcoins (criptomoedas alternativas), mas historicamente, essas costumam se valorizar após o pico do bitcoin.
Sebastián Serrano, Diretor Executivo da Ripio, também compartilha uma visão otimista, acreditando que o bitcoin pode atingir valores entre US$ 150 mil e US$ 200 mil até o fim de 2025. Para ele, a maturação do setor de criptomoedas e a política monetária dos EUA, com potenciais cortes de juros, podem impulsionar ainda mais o ativo.
“O pico desse ciclo provavelmente ocorrerá no segundo semestre de 2025, e muitos analistas veem o bitcoin consolidando sua posição como uma reserva de valor significativa”, avalia Serrano.
O impacto político e institucional
Outro fator que poderá moldar o futuro do bitcoin é o posicionamento do setor cripto, aliadas à possível adoção do bitcoin como reserva estratégica, podem ser determinantes.
Um relatório da gestora Bernstein aponta que o próximo ciclo de alta poderá ser liderado por governos, uma mudança significativa em relação aos ciclos anteriores, que foram impulsionados por investidores de varejo e instituições financeiras.
Volatilidade: queda ou oportunidade?
Apesar do otimismo, analistas alertam para possíveis correções no curto prazo. Michael Novogratz, Diretor Executivo da Galaxy Digital, prevê que o bitcoin pode recuar até US$ 80 mil, uma queda natural após fortes altas. Contudo, ele permanece confiante em um cenário de médio e longo prazo, com novas máximas no horizonte.
Esses movimentos de correção, geralmente acompanhados de vendas para realização de lucros, são característicos do mercado cripto. Para investidores experientes, essas oscilações podem representar oportunidades de entrada em novos ciclos de alta.
O que esperar nos próximos meses?
Enquanto o bitcoin segue como o protagonista do mercado cripto, fatores como o avanço de políticas públicas, a adoção institucional e as condições macroeconômicas globais continuarão moldando seu futuro. Com projeções otimistas de até US$ 200 mil para 2025, o ativo reforça sua posição como uma das apostas mais promissoras – e desafiadoras – para investidores de todo o mundo.
