Lula comenta sobre o plano de golpe e envenenamento revelado pela Polícia Federal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou durante um evento no Palácio do Planalto sobre os planos de golpe de Estado em 2022
Lula comenta sobre o plano de golpe e envenenamento revelado pela Polícia Federal
Lula comenta sobre o plano de golpe e envenenamento revelado pela Polícia Federal. Reprodução/Instagram/@lulaoficial

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou pela primeira vez, nesta quinta-feira (21), sobre as revelações da Polícia Federal envolvendo um plano de militares para dar um golpe de Estado em 2022. Segundo as investigações, o esquema incluía o assassinato, por tiro ou veneno, do Presidente eleito, do Vice-Presidente Geraldo Alckmin e do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

“Eu sou um cara que tenho que agradecer agora, muito mais, porque eu tô vivo. A tentativa de envenenar eu e Alckmin não deu certo, nós estamos aqui”, declarou Lula em tom misto de seriedade e alívio, arrancando risos de parte do público durante um evento no Palácio do Planalto.

Foco na governança e na estabilidade

No evento, destinado a apresentar novos planos do governo para concessão de rodovias ao setor privado, Lula também abordou as prioridades de sua gestão. Ele enfatizou o desejo de consolidar avanços sociais e econômicos para comparar, ao final do mandato, sua administração com as anteriores.

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“Eu não quero envenenar ninguém. A única coisa que eu quero é, quando terminar o meu mandato, desmoralizar, com números, aqueles que governaram antes de nós”, afirmou o Presidente. Ele listou métricas como escolas construídas, salários pagos e obras realizadas como indicadores da “governança que conta”.

Lula
Evento destinado a apresentar novos planos do governo para concessão de rodovias ao setor privado. (Foto: reprodução/Instagram/@lulaoficial)

Lula também destacou a importância de oferecer estabilidade econômica, fiscal e jurídica para atrair investimentos, afirmando que não há espaço para “malandros e espertos que levantam a dúvida para ganhar dinheiro”.

Obras paradas e novas estratégias para rodovias

O Presidente aproveitou o evento para criticar a burocracia e o “denuncismo” que, segundo ele, atrapalham o andamento de obras públicas. “Muitas vezes uma obra para num gerente da Caixa Econômica Federal, num gerente do Banco do Brasil ou do BNDES, porque as pessoas ficaram com medo de dar autorização ou assinar um cheque”, disse Lula, apontando a judicialização de licitações como outro obstáculo.

Lula elogiou o Tribunal de Contas da União (TCU) por buscar soluções em vez de criar entraves. Ele destacou o Programa de Otimização de Contratos de Concessão Rodoviária, que renegociou 14 contratos “estressados”, destravando obras paradas ou atrasadas. O governo estima que essas repactuações possam gerar R$ 110 bilhões em investimentos, com a duplicação de 1.566,1 quilômetros de rodovias.

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Operação Contragolpe: os bastidores do plano

Na última terça-feira, dia 19, a Polícia Federal deflagrou a operação Contragolpe, que expôs um plano minucioso para a execução de um golpe de Estado chamado “Punhal Verde e Amarelo. O plano seria executado em 15 de dezembro de 2022, antes da posse de Lula e Alckmin, e incluía a restrição da atuação do Poder Judiciário.

Os detalhes chocaram o país e o presidente reforçou o comprometimento de sua gestão com a estabilidade democrática. Lula concluiu dizendo que o Brasil não deve se curvar a práticas antidemocráticas e que o foco é garantir resultados concretos para a população.

O episódio grave serve como um lembrete do valor da vigilância Institucional para proteger a democracia.

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