Reforma tributária pode devolver imposto em serviços de telecomunicações para famílias de baixa renda

O relatório do senador Eduardo Braga sobre a regulamentação da reforma tributária inclui uma proposta sobre “cashback” para famílias de baixa renda em serviços essenciais, incluindo telecomunicações
Reforma tributária pode devolver imposto em serviços de telecomunicações para famílias de baixa renda
Reforma tributária pode devolver imposto em serviços de telecomunicações para famílias de baixa renda. Reprodução/Pinterest/freepik

O relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre a regulamentação da reforma tributária trouxe uma proposta inovadora: famílias de baixa renda poderão receber de volta parte dos impostos pagos em contas de serviços essenciais, incluindo telecomunicações como telefonia e internet. O mecanismo, conhecido como “cashback”, já estava previsto para energia elétrica, água, gás e esgotamento sanitário, mas agora incluirá também os serviços de telecom.

O que é o cashback e como funcionará?

O cashback é um sistema que devolve ao consumidor uma parcela dos tributos pagos em serviços básicos. Segundo o relatório, as devoluções previstas serão:

  • 100% da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS);
  • 20% do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

A devolução será feita diretamente na cobrança das contas, beneficiando famílias com renda per capita de até meio salário mínimo.

Para o setor de telecomunicações, a medida foi celebrada pela Conexis Brasil Digital, entidade que representa as operadoras. Marcos Ferrari, presidente-executivo da Conexis, afirmou que o cashback “reduzirá em 0,5 ponto percentual a carga tributária das famílias de baixa renda, com impacto praticamente nulo no IVA”.

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O que está em jogo na reforma tributária?

reforma tributari
A proposta relatada por Braga define as regras para a transição para os novos tributos sobre consumo. (Foto: reprodução/Pinterest/portaldbc)

A proposta relatada por Braga define as regras para a transição para os novos tributos sobre consumo — IBS, CBS e Imposto Seletivo. Entre os principais pontos estão:

  • Reduções e isenções tributárias: alimentos como carnes, frangos e peixes, além de medicamentos, terão isenções ou reduções de alíquotas.
  • Serviços essenciais: energia elétrica, telecomunicações e abastecimento de água terão devolução parcial de tributos para famílias de baixa renda.
  • Imposto Seletivo: produtos como armas, bebidas alcoólicas e cigarros sofrerão tributação adicional.
  • Benefícios sociais: imóveis populares e benefícios para pessoas com deficiência receberão reduções tributárias, e o “nanoempreendedor” poderá ser isento de tributos.

Próximos passos

O relatório foi apresentado na manhã de segunda-feira (9), mas a reunião para análise do texto foi cancelada por falta de quórum. A expectativa é que ele seja votado no plenário do Senado na quarta-feira (11).

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Se aprovado, o texto seguirá para a Câmara dos Deputados para a palavra final, caso haja alterações. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já sinalizou a intenção de concluir a votação antes do recesso legislativo.

O senador Rodrigo Pacheco destacou a importância do projeto: “O Senado está comprometido com o avanço da reforma, essencial para modernizar e simplificar nosso sistema tributário.”

Enquanto isso, o relator Eduardo Braga segue articulando apoio para evitar entraves e garantir que o texto seja aprovado ainda este ano, permitindo que o Brasil avance em direção a um sistema tributário mais justo e eficiente.

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